sexta-feira, 15 de abril de 2011

Definida segurança para Micareta


A Micareta de Feira de Santana 2011 contará com um efetivo de 6.750 homens atuando durante os quatro dias da festa, de 28 de abril a 1º de maio. O esquema de segurança foi anunciado pelo secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, na manhã desta sexta-feira (15), durante audiência com o prefeito Tarcízio Pimenta, no Paço Municipal Maria Quitéria, visando definir a parceria para garantir a segurança dos foliões.

A segurança durante a Micareta será realizada por um efetivo composto por 6.500 policiais militares e mais 250 policiais civis. “Estarão na cidade um número de policiais quase o triplo existente em Feira de Santana, para garantir que a Micareta seja realizada em paz”, destacou o secretário Maurício Teles.

Além do efetivo policial, também serão utilizadas 10 câmeras espalhadas pelo circuito Maneca Ferreira, garantindo o monitoramento em tempo real e uma resposta imediata às ações de segurança pública. A Prefeitura também estará auxiliando com a disponibilização do Ônibus Digital para ser utilizado como base pela polícia.As estratégias e reforço na segurança pública durante a Micareta foram definidas durante reunião do prefeito Tarcízio Pimenta com o secretário Maurício Teles, também com as presenças do secretário municipal de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos, Mizael Freitas, e do comandante do Policiamento Regional Leste, coronel Hélio Alves Godim.

Ainda presentes o deputado estadual José Neto; o diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana, Edmundo Mameri Dumet; e o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Flailton Frankles, além de secretários municipais e vereadores.

Além da Micareta, o secretário de Segurança Pública, Maurício Teles, também abordou sobre as perspectivas de reforço da segurança pública em Feira de Santana e as estratégias do Estado para combater o crime organizado, o tráfico de drogas e reduzir os índices de homicídios. Também abordou sobre a instalação das bases de segurança pública, das quais quatro poderão vir para Feira de Santana.

Guarda municipal apreende facas, punhais e peixeiras dentro de mochilas de estudantes em Feira de Santana


Na mochila que alguns estudantes de escolas municipais de Feira de Santana levavam para a escola não tinha apenas livros, lápis e cadernos. Misturados ao material escolar, cerca de 20 armas brancas, como facas, punhais e peixeiras. Até réplicas de revólver idênticas aos originais foram encontradas, até ontem, pela Guarda Municipal, durante uma operação intitulada Paz nas Escolas.

A operação também apreendeu alguns estiletes de fabricação caseira, feitos com partes de caneta e gilete, e dois cachimbos de crack, mas o comandante acredita que havia mais droga escondida com os alunos. “O crack é fácil de camuflar. Se jogado no chão, ele se mistura facilmente com a terra”, explica o comandante geral da Guarda Municipal de Feira de Santana, Marcos Vinícios Alves dos Santos.

A ação, que envolve palestras educativas e apreensão de armas nas instituições de ensino, teve início no dia 8, dia seguinte ao atentado que deixou 12 crianças mortas numa escola no Rio de Janeiro. Pura coincidência, é o que garante o comandante. “A iniciativa foi motivada por denúncias de ameaças de morte e tráfico de drogas dentro das escolas”.

Num caso que o surpreendeu, um menino de 11 anos, incentivado pelo tio, levou um punhal na mochila para matar o colega de classe que deu um chute nele no dia anterior. “O tio disse que não era pra ele voltar ‘apanhado’ pra casa”, contou.

Outro aluno, de 13 anos, portava uma peixeira para se ‘defender’ dos colegas que o perturbavam. Na escola Chico Mendes, no bairro de Campo Limpo, um ex-aluno, de 17 anos, ameaçou a professora de morte, porque, segundo o comandante, ele queria “mandar no pedaço”.

Prevenção

Ninguém foi preso, pois a campanha é apenas educativa, mas os pais dos alunos flagrados foram notificados. A intenção do projeto é visitar todas as escolas municipais de Feira, o que atinge cerca de 50 mil alunos.

A diretora Romilda Dias de Carvalho, da escola Ana Brandoa, no bairro do Tomba, não vê a hora de a iniciativa chegar na instituição onde trabalha. “Não vai resolver completamente o problema da violência, mas ameniza a situação, porque o aluno vai refletir mais antes de fazer alguma coisa”, opina. Ela conta que na Ana Brandoa já houve algumas suspeitas de alunos portando armas ou drogas, mas a direção preferiu não investigar por respeito à privacidade dos estudantes.