quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cinco milhões em greve na França e Inglaterra


 

Três milhões protestaram contra as reformas trabalhistas na França. Parte do país está paralisada. No Reino Unido, greve dos funcionários municipais foi a maior dos últimos 80 anos.

 
Iniciou-se nesta terça-feira (28/03), na França, a greve geral contra as polêmicas reformas do mercado de trabalho, ditadas pelo primeiro-ministro Dominique de Villepin. Sindicatos e associações estudantis pretendem assim forçar o premiê a retirar o Contrato de Primeiro Emprego (CPE), que facilita a demissão dos trabalhadores jovens.
"Terça-feira negra"
Central de tráfego de Paris monitora os engarrafamentosCentral de tráfego de Paris monitora os engarrafamentosO transporte público municipal apresentou atrasos desde as primeiras horas da manhã, e algumas linhas de metrô já haviam suspendido suas atividades na véspera. O tráfego aéreo também ficou prejudicado.
Nas proximidades de Paris, formaram-se engarrafamentos de mais de 100 quilômetros. A metade dos trens não circulou, assim como numerosos ônibus e metrôs. Cerca de 70 cidades de grande e médio porte foram afetadas.
Segundo os organizadores, os 135 protestos desta "terça-feira negra" reuniram mais de três milhões de pessoas em todo o país. Somente em Marselha, foram registrados 250 mil manifestantes. Na manifestação em massa de 18 de março último, dados conflitantes da polícia e dos sindicatos haviam acusado entre 530 mil e 1,5 milhão de participantes.
Polícia francesa age duro com os estudantesPolícia francesa age duro com os estudantesFuncionários dos correios, professores e profissionais de mídia também anunciaram paralisações. Devido aos episódios violentos durante os protestos anteriores, a polícia ficou em estado de alerta, sobretudo na capital Paris. O ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, ordenou a detenção de "tantos arruaceiros quanto possível". As manifestações contra o CPE já duram três semanas.
Greve recorde do outro lado do Canal
Os funcionários municipais britânicos também entraram em greve nesta terça-feira, exigindo melhores condições de aposentadoria. As paralisações acarretaram caos dos transportes e o fechamento de escolas e bibliotecas.
Segundo informações da Unison, a maior associação sindical envolvida, 1,5 milhão de trabalhadores apóiam a ação. Trata-se da maior manifestação desde a histórica greve geral de 1926, afirmou o secretário-geral da Unison, Dave Prentis.
"Regra dos 85"
Os protestos se dirigem contra a intenção do primeiro-ministro, Tony Blair, de acabar com a chamada "regra dos 85". Segundo esta, funcionários municipais podem se aposentar a partir dos 60 anos, desde que sua idade e tempo de serviço somem, juntos, 85 anos.
Prentis lembrou que em 2005 o governo fechou acordo com milhões de empregados do serviço público, ensino e saúde, permitindo-lhes aposentar-se aos 60 anos. "Tudo o que pedimos é o mesmo tipo de proteção para os funcionários municipais", explicou o sindicalista.
O governo contra-argumenta que a medida custará 2% mais de impostos aos contribuintes municipais.
 

 

Liminar garante atendimento em hospitais

Ação do Procon foi acatada pela juíza da 2ª Vara Cível 


Os hospitais privados de Feira de Santana não poderão suspender o atendimento de urgência e emergência a beneficiários de planos de saúde, a partir de amanhã, conforme anunciaram. A juíza da 2ª Vara Cível, Carla Carneiro, concedeu liminar acatando ação impetrada pela Superitendência Municipal de Defesa do Consumidor (Procon), na manhã desta quinta-feira (30).
De acordo com o superintendente do Procon, Rafael Cordeiro, a medida terá validade “até que se defina de quem é a responsabilidade pelo pagamento dos honorários referentes ao plantão de sobreaviso dos profissionais médicos que atuam na urgência e emergência”. O objetivo da ação, conforme explicou, é a manutenção do atendimento sem nenhum custo adicional aos usuários.