terça-feira, 3 de maio de 2011

Conheça Al-Zawahiri, possível sucessor de Bin Laden



A morte de Osama bin Laden em uma operação arquitetada pelos Estados Unidos no Paquistão coloca seu braço direito, Ayman al-Zawahiri, como seu possível sucessor na organização terrorista Al-Qaeda.
O egípcio Al-Zawahiri, de 60 anos e cirurgião profissional, é considerado há anos o braço direito de Bin Laden e responsável por alguns dos massacres realizados pela organização terrorista nos últimos anos.
Não em vão, o governo dos EUA oferece uma recompensa de US$ 25 milhões por sua captura, valor que deve subir caso assuma a liderança da organização terrorista, como acreditam os especialistas.
Al-Zawahiri conheceu Bin Laden em 1985, na cidade de Peshawar, na fronteira do Afeganistão com o Paquistão, onde acertaram a organização de 20 mil combatentes voluntários árabes contra a ocupação soviética do país.
A fundação da Al-Qaeda data dessa época, quando foi criada para combater o regime pró-soviético de Cabul, bem como a origem da "Frente Islâmica Mundial" para combater os "cruzados" e os "judeus", cuja carta fundadora foi assinada em 1998 conjuntamente por Bin Laden e Al-Zawahiri.
Procedente de uma família egípcia de classe média, casou-se em 1979 com Azza Nawira, membro de uma rica família do sul do Egito, país no qual viveram até 1984 e no qual nasceu sua primeira filha, Fátima.
Ainda na adolescência, Al-Zawahiri teve seu nome foi associado aos militantes islâmicos e foi preso por pertencer à "Irmandade Muçulmana", o partido islâmico mais antigo do mundo árabe, fundado no Egito em 1927.
A primeira ação terrorista da qual foi acusado foi de ter organizado o assassinato do presidente egípcio Anwar el-Sadat em 1981, durante um desfile militar no Cairo.
Após o homicídio, passou três anos preso por porte ilegal de armas e posteriormente viajou pela Arábia Saudita e Paquistão. Em Peshawar prestou socorro aos ''mujahedins'' que lutavam no Afeganistão e se uniu a Osama bin Laden, fundador da Al-Qaeda.
Em 1995, reapareceu junto com Bin Laden em um vídeo no qual ambos ameaçavam os EUA com represálias pela prisão do xeque egípcio Omar Abdel Rahman, em conexão com o atentado de 1993 contra o World Trade Center de Nova York.
Após a morte de Abdulah Azzam, mentor religioso de Bin Laden, em um atentado em 1997, Al-Zawahiri se transformou em ideólogo do grupo e se deslocou aos acampamentos de treinamento da Al-Qaeda no Afeganistão.
Um ano depois, foi um dos signatários da fatwa (decreto islâmico) de Bin Laden, na qual era determinado o ataque dos interesses dos Estados Unidos no mundo todo.
Em 1999, foi acusado pelos EUA, junto com Bin Laden e 14 supostos membros de sua rede, dos atentados perpetrados em 1998 contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, que causaram cerca de 240 mortes.
Após os atentados de 11 de setembro, a Interpol ordenou sua busca e captura, sob a acusação de ser "um dos cabeças da Al-Qaeda".
Em 7 de outubro de 2001, coincidindo com o primeiro ataque americano sobre o Afeganistão, apareceu junto a Bin Laden em um vídeo no qual advertia o povo americano: "Teu governo está te levando a uma guerra que certamente perderão".
Já em 10 de novembro, afirmou, em imagens divulgadas pelo canal "Al Jazeera", que os ataques dos EUA contra o Afeganistão não acabariam com a Al-Qaeda.
Um mês depois, os meios de comunicação árabes informaram que sua esposa e quatro filhos haviam morrido em um bombardeio americano sobre a cidade de Kandahar, no qual ele próprio ficou ferido.
Nos últimos anos, especialmente desde 2004, apareceu com frequência em vídeos e gravações sonoras, o que serviu para gerar rumores sobre sua morte e seu precário estado de saúde.
Os EUA tentaram eliminá-lo sem sucesso. Em janeiro de 2006 foi lançado um bombardeio em uma região tribal de Bajaur sob a suspeita de que Zawahiri estaria lá.
Ao todo, 18 pessoas morreram no ataque, mas o líder, que tinha visitado o local dias antes, não estava entre elas. Por enquanto, continua sendo procurado.
Morte de Osama bin Laden
Na noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. Antes das forças americanas agirem, o líder dos EUA informou ao presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, que o terrorista havia sido localizado em mansão na cidade de Abbottabad, perto de Islamabad, capital do Paquistão. "Ligamos para o presidente paquistanês para deixar claro que não estávamos declarando guerra ao governo", informou Obama. "Os EUA não estão nem nunca estarão contra o Islã, mas contra a Al-Qaeda e seus líderes", afirmou. Segundo Obama, matar Osama bin Laden era prioridade do governo americano. "A justiça foi feita", disse. Mentor dos ataques de 11/9, Osama bin Laden era o terrorista mais procurado do mundo.
Com informações das agências internacionais

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