sábado, 20 de março de 2010

Vítima de hanseníase teve acompanhamento

Vítima de hanseníase teve acompanhamento

A descontinuidade do tratamento de hanseníase por conta conta própria pode trazer sérios riscos ao paciente, inclusive à sua vida. Num caso recente ocorrido na noite de terça-feira (16), o paciente José de Jesus, morador do bairro Rua Nova, não resistiu ao diagnóstico avançado, com feridas infectadas por todo corpo e lesões ulceradas, e foi a óbito.

O paciente ainda procurou a policlínica do bairro Rua Nova, às 19h30, onde recebeu todo o primeiro atendimento pela enfermeira e médico plantonista, e as feridas foram cuidadas para trazer conforto e minimizar as dores. Mas foi preciso encaminhá-lo ao Hospital Geral Clériston Andrade, quando ele estava acompanhado por uma técnica de enfermagem e o seu filho.

Na unidade, o paciente não foi internado e o plantonista o encaminhou novamente para a policlínica, conforme a diretora de Gestão da Rede Própria, Gilberte Lucas, com a justificativa de que o Hospital Geral Clériston Andrade estava lotado. O paciente ainda foi encaminhado para o Hospital D. Pedro de Alcântara, mas também não foi aceito nessa unidade.

Com isso, foi preciso retornar com José de Jesus à policlínica. “Ele já voltou num quadro com desconforto respiratório, levando a uma parada. O médico tentou uma reanimaçao do paciente, mas infelizmente ele foi a óbito”, relata Gilberte Lucas, acrescentando “foi feito tudo que era possível na policlínica, mas a policlínica é uma uidade de pronto atendimento, de reanimaçao, onde a gente dá toda possibilidade de diagnóstico ao paciente, mas não é uma unidade de internamento”.

Segundo ela, o paciente vinha sendo acompanhado no Centro de Saúde Especializada (CSE) Dr. Leone Coelho Leda para combater a doença, mas já tinha um diagnóstico bastante avançado. “A gente está fazendo todo um diagnóstico junto com a equipe de hanseníase em relaçao a esse paciente. Hanseníase tem que ser acompanhada por toda equipe de profissionais que oferecem o tratamento”, alerta a diretora.

Gilberte Lucas solicitou que a equipe da Divisão de Vigilância Epidemiológica visite a residência dos familiares imediatamente, junto com a enfermeira e assistente social, para acompanharem os moradores.

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